DC
A 6 de dezembro de 2018 descobri que tinha doença celíaca (DC).
depois de anos, décadas de intolerâncias, alergias alimentares e afins, resolvi pesquisar a fundo o que se passava comigo.
(confesso que esta busca só foi possivel porque estava num trabalho de auto-conhecimento e de amor próprio, caso contrário, acho que até hoje não sabia).
no dia em que a médica me disse "você é celíca", a biópsia vem positiva para doença celíaca", confesso que não senti qualquer espanto. já há muito que havia reduzido o glúten, por suspeita de que todo o desconforto, inchaço, refluxo, obstipação, má digestão, enfim, todas as maleitas que colecionava, e que já me faziam envergonhar quando partilhava, estariam associadas ao senhor glutén.
ao sair do consultório senti uma gratidão imensa.
gratidão por saber o que se passava comigo,
gratidão por não ter nada de mais grave!
gratidão por, apesar de tudo, ter acabo com dúvidas e medos.
há uma imagem da médica que me acompanha até hoje!
depois de me explicar, alertar, e instruir com todas as ferramentas que considerava essencias, e mesmo antes de me levantar, olha-me nos olhos e diz "não facilite! sabe que a demência é um dos efeitos secundários".
demência?
a viagem de regresso a casa (120 km), que desta vez tinha feito de autocarro e sózinha, foi de um misto de emoções que recordo com orgulho.
em nenhum momento me senti revoltada, em nenhum momento me questionei "porquê"!
e encostada àquele vidro quente, por entre montes, decidi cuidar de mim, continuar a cuidar de mim,, cada vez cuidar melhora de mim, com amor e gratidão.
este é sem dúvida o melhor investimento que podemos fazer...
"conhecermo-nos e aceitarmo-nos"
ate nunca acaba e mais além
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