(...)

Os poemas não se escrevem: vivem-se.
Há um poema a cada boca que se beija. Há um instante de génio a cada instante em que um humano é feliz. E todos os instantes são geniais – porque todos os instantes são felizes. Todos os instantes são " felicizáveis": passíveis de serem transformados em felicidade. Todos os instantes – é por isso que a medição de instante existe (é por isso, até, que a própria denominação de instante existe) – são para ser felizes. A felicidade é um instante, sim. Todo o instante. A todo o instante há um motivo para a felicidade. Até porque a única felicidade é a que não tem motivo.

 
Pedro Chagas Freitas
in "LIVRO DE AFORISMOS & MENTIRAS UNIVERSAIS"

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